Primeiro, cortaram seus galhos com o objetivo de dar mais espaço a fios elétricos, ônibus e caminhões. Alguns proprietários de residências que viviam sob sua sombra alegavam que as folhas sujavam a calçada com freqüência e que os galhos crescidos, em dias de vento, quebravam as telhas de suas casas. Acontece que ela não foi podada de maneira correta, com gente especializada e ferramentas adequadas.
Há alguns meses, literalmente depenaram a frondosa carambola. Frutos e folhas foram minguando e, assim pelada, com uns poucos galhos feridos, ela foi morrendo lentamente. Havia esperança de que a velha árvore renascesse com as chuvas do inverno. Nesse caso, lamento ainda não ter conhecido as heróicas salvadoras de árvores Vilani e Alba.
Mas, eis que em um dia de chuva fina, na calada de uma manhã triste, eles vieram dispostos a dar o golpe de misericórdia na carambola agonizante. Encontrava-me no trabalho quando minha companheira telefonou dizendo que estavam derrubando a árvore. Atarantado, procurei ligar para alguns amigos. Esperei inocentemente que aquela turma de jovens da propaganda televisiva de um tal celular pudesse aparecer de repente nos galhos da carambola e a salvasse. Em vão.
Então, quando estava prestes a encerrar este artigo, tomei conhecimento de que outra árvore, uma Ficus benjamina, acabara de cair em frente ao Mercado Central, no centro de Fortaleza. Um funcionário da Prefeitura declarou que a população impede a derrubada de árvores com o caule comprometido. As árvores antigas, como as pessoas velhas, precisam é de cuidados e carinhos – perguntem a Vilani e Alba!
Nenhum comentário:
Postar um comentário