Assisti ao show do cantor e compositor cearense Raimundo Fagner no anfiteatro do Centro Cultural Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza, no dia 27 de abril. Esse show foi diferente e teve como novidade uma maior interação da platéia com o artista. Após blocos de três ou quatro canções, havia um intervalo, no qual um apresentador facultava a palavra ao público presente para que pudessem fazer suas perguntas ao cantor. Seu relato se deteve em variados temas, como a infância, a família e os entusiasmos inspiradores de algumas de suas famosas músicas, dentre outros.
O espetáculo, feito um rosário de histórias e canções, se dependesse dos fãs e do cantor, seguiria madrugada adentro até “pegar o sol com a mão”, conforme diz a letra da música de Luís Gonzaga e Zé Dantas – por sinal, sucesso também na gravação de Fagner. Acredito, pois, que era mesmo a idéia dos que elaboraram o show deixar o público mais perto do artista. A platéia que lotou o anfiteatro pareceu ter saído satisfeita.
Em meio a muitas intervenções, houve, se não estou enganado, um professor de Cajazeiras, Paraíba, que lembrou o primeiro show de Fagner em sua cidade. Segundo o professor, foi uma noite para não ser esquecida em Cajazeiras, e ainda garantiu emocionado que, se Paris é lembrada pela Torre Eiffel e Nova Iorque, pela Estátua da Liberdade, Fortaleza é lembrada pela voz autêntica de Fagner.
Houve também a participação do educador Tadeu, que perguntou ao compositor se fora ele ou seu parceiro Zeca Baleiro quem teve a idéia de fazer a canção sobre o falecido jogador maranhense José Ribamar de Oliveira, o Canhoteiro. Fagner respondeu que a idéia foi de Zeca Baleiro, conterrâneo de Canhoteiro, e logo passou a contar um causo sobre o lendário ponta esquerda que, no início da carreira, chegou a jogar pelo América local e pela seleção cearense, para, em seguida, ser contratado pelo São Paulo Futebol Clube, onde se consagrou como o Garrincha da ponta esquerda.
Pois bem, aproveito para tornar público o convite que faço ao excepcional cantor Fagner para compor uma música em homenagem àquele que foi um dos maiores jogadores de futebol cearense de todos os tempos: Mozart Araújo Gomes, o Mozarzinho. E, só para lembrar, Mozart fez dupla de ataque com Fagner no Beleza Futebol Clube. Afinal, espera-se que saia em breve a biografia “Mozart, a arte em jogar bola”, de autoria deste humilde escritor.
Um comentário:
Sou paraense,e em uma passagem por Fortaleza tive o grande privilégio de estar presente nessa apresentação do Fagner. Concordo literalmente com suas colocações, uma vez que reconheço esse artista como um dos melhores intérpretes brasileiros e, porque não dizer, do mundo. Particularmente ele é o meu preferido.Inclusive já escrevi as emoções que vivi durante essa apresentação para postar no e-mail do PRIMEIRO SHOW DO FAGNER QUE ASSISTI.
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